A poucas horas do primeiro turno das Eleições 2022, as atenções se voltam para o domingo que pode ser decisivo.
Última pesquisa Datafolha mostra o candidato Lula (PT) com 50% das intenções de voltos válidos. Bolsonaro (PL) aparece com 36%. O instituto informa que a chance de segundo turno segue indefinida.
Diante do comportamento dos números de institutos, como Datafolha e Ipec, cabe a voz do lamento. Não pelo fato de Lula poder ganhar no primeiro turno. É a vontade do brasileiro, mostram as pesquisas.
É preciso, no entanto, considerar o indiscutível cenário no qual o País catalizou os votos para apenas 2 nomes que somam quase 10 vezes mais chances de chegar ao poder que os outros 9 candidatos.
Em uma nação polarizada é impossível encontrar formas de fazer política plural, esgotam-se as saídas do "mais do mesmo" enfraquecendo possibilidades de mudança.
Bolsonaro e Lula são dois extremos e isso foi determinante para que o eleitor brasileiro reduzisse a disputa eleitoral a um cabo de guerra político.
Em um País com mais da metade da população composta por mulheres, 3 candidatas sequer se aproximam dos pomposos números concentrados no atual e no ex-presidente. Também não incomodam os demais candidatos.
Nome que poderia apresentar a tal da terceira via, Ciro Gomes (PDT) frustrou a si mesmo e aos simpatizantes pela irrelevância nas pesquisas. Mesmo sendo um candidato forte e figura batida nas eleições para presidente da República, Ciro não empolga porque se absteve da disputa. Sim, se distanciou da caminhada presidencial se tornando um perseguidor de Lula.
Resta esperar o resultado. Decididas, ou não, no primeiro turno, as Eleições deste ano nos servem para uma reflexão: qual o poder do voto?